Clima de Vitória da Conquista hoje:

 

 

 

Clima

Maiores acumulados de precipitação em 24 horas
registrados em Vitória da Conquista por meses (INMET)
Mês Acumulado Data Mês Acumulado Data
Janeiro 105,6 mm 04/01/2018 Julho 19,8 mm 28/07/2000
Fevereiro 95,3 mm 15/02/2007 Agosto 100,9 mm 25/08/1986
Março 106,2 mm 25/03/2004 Setembro 70,5 mm 25/09/1977
Abril 53,4 mm 10/04/2006 Outubro 84,1 mm 11/10/1995
Maio 43 mm 27/05/2005 Novembro 99,8 mm 22/11/2004
Junho 48 mm 27/06/1989 Dezembro 129,6 mm 02/12/1998
Período: 01/01/1976-presente[12]

Vitória da Conquista tem um clima tropical de altitude por causa da elevação da cidade, com média de 923 metros e mais de 1 100 m nos bairros mais altos. Por isto, seu clima é um dos mais amenos da região Nordeste do Brasil, registrando temperaturas inferiores a 10 °C em alguns dias do ano, comparável a outras cidades altas da Chapada Diamantina, como PiatãBarra da EstivaMucugêMaracás e Ibicoara.

No verão é quente, com máximas de 28 °C e mínimas entre 18 °C e 17 °C, este é o período chuvoso na região. No inverno é frio, com mínimas de 14°C e máximas de 23 °C. A pluviosidade média anual é de 760 milímetros (mm).[13] As “chuvas de neblina” ou de “inverno“, como são chamadas, concentram-se no período de maio a setembro, já “as chuvas das águas” ou “de verão” (mais intensas e fortes) ficam concentradas nos extremos do ano.

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1976 a menor temperatura registrada em Vitória da Conquista foi de 6 °C em 22 de julho de 2006,[14] e a maior atingiu 35 °C em 2019, nos dias 13 de fevereiro e 6 de dezembro, batendo o recorde anterior de 34,9 °C em 4 de novembro de 2008 e 9 de outubro de 2010.[15] O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 129,6 mm em 2 de dezembro de 1998. Outros grandes acumulados foram de 106,2 mm em 25 de março de 2004, 105,6 mm em 4 de janeiro de 2008, 102,4 mm em 23 de março de 2004 e 100,9 mm em 25 de agosto de 1986.[12] O recorde mensal é de 447,8 mm, em dezembro de 1989.[16] Considerando o clima frio no inverno, a cidade de Vitória da Conquista ficou conhecida como a Suíça baiana.[17]

[Esconder]Dados climatológicos para Vitória da Conquista
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 34,4 35 34,7 33,5 32,4 32,3 30,9 32,3 33,7 34,9 34,9 35 35
Temperatura máxima média (°C) 28,1 28,6 27,8 26,4 25,1 23,2 22,9 23,8 26 27,5 27,4 27,6 26,2
Temperatura média compensada (°C) 22,3 22,4 22,1 21 19,8 18 17,5 18 19,6 21,1 21,7 22,1 20,5
Temperatura mínima média (°C) 18,1 17,9 18,1 17,5 16,2 14,5 13,8 13,8 15 16,2 17,4 17,9 16,4
Temperatura mínima recorde (°C) 11,8 10,6 8 11,6 8,8 8,1 6 8,2 7,4 8,8 10,1 10,6 6
Precipitação (mm) 98,7 76,7 114 57,4 24 20,8 24,8 19,9 20,8 45,9 129,5 125,6 758,1
Dias com precipitação (≥ 1 mm) 8 6 10 8 6 6 7 4 4 5 8 9 81
Umidade relativa compensada (%) 75,9 75,2 79,7 82,1 82,2 83,2 82,8 78,9 75 72,7 76,5 76,9 78,4
Horas de sol 217,3 197,8 203,3 188,3 187,3 165,4 179,3 201 205,7 211,8 171,6 178,7 2 307,5
FonteInstituto Nacional de Meteorologia (INMET) (normal climatológica de 1981-2010;[13] recordes de temperatura: 1976-presente)[14][15]

 

Relevo

Seu relevo é geralmente pouco acidentado na parte mais elevada, suavemente ondulado, com pequenas elevações de topos arredondados. Seus vales são largos, desproporcionais aos finos cursos d’água que aí correm, de fundo chato e com cabeceiras em forma de anfiteatro. Ocorrem no platô elevações geralmente de encostas suaves (embora existam aquelas com encostas íngremes), que podem atingir 1.000m ou mais. A Serra do Periperi, por exemplo, localizada a Norte/Noroeste do núcleo urbano de Vitória da Conquista, tem cota máxima de de 1.110 metros e mínima de 1.000m, enquanto que seu entorno próximo apresenta altitudes que variam de 830 a 950 metros.

Outros exemplos de altitudes acima de 1.000 metros são verificáveis em “Duas Vendas” (município de Planalto) adiante da “Fazenda Salitre”(em Poções), em terrenos íngremes, e a “Serra da Ouricana” -uma das serras localmente conhecida como “Serra Geral”-, em Poções e Planalto. A medida que as altitudes caem e que se aproxima das encostas, o relevo torna-se fortemente ondulado.[11]

Vegetação

O município de Vitória da Conquista caracteriza-se por apresentar uma vegetação muito heterogênea, com áreas que podem ser visivelmente identificadas por suas características em comum. O município é considerado uma área de transição ecológica entre região úmida e semiárida[18]. Na parte ocidental da cidade observam-se extratos de Caatinga, bioma característico da região semiárida. Na direção oeste, por sua vez, se encontra predominância de vegetação arbustiva e herbácea, com grandes áreas de solo exposto; enquanto que ao extremo norte a região é caracteristicamente seca. Nos limites do município pode-se encontrar uma vegetação característica de mata de cipó, fator que favorece o desenvolvimento de atividades humanas. É possível notar uma concentração na região central do planalto de uma vegetação de porte médio, influência direta do clima sub-úmido[19].Serra do Marçal.

O engenheiro agrônomo Francisco D’Albuquerque distribui a vegetação da região de Vitória da Conquista, seguindo-se do interior para o litoral, em faixas:

Faixa A – Caatinga ou cobertura acatingada. Abrange uma pequena parte ao noroeste do município na divisa com Anagé no sertão Vegetação típica de áreas com deficiências hídricas acentuadas, incompatíveis com a cafeicultura. Seus solos são em geral rasos, pedregosos e acidentados.

Faixa B – Carrasco, também conhecido como “campos gerais” ou cerrado. É uma vegetação baixa, mais aberta, típica de terra muito pobre e seca. Encontra-se geralmente no espigão divisor das vertentes marítimas continentais a altitudes da ordem de 1.000m ou mais, em solos arenosos. Essa faixa é considerada inapta à cafeicultura e é encontrada em sua maior parte, após a serra do Periperi ao norte do município.

Faixa C – Mata de Cipó.[20] Esta cobertura parece ser a predominante no platô. Vem em geral logo abaixo do carrasco. É uma vegetação alta, fechada com muitas lianas, ou cipós, epífitas (orquídeas) e musgos (barba de mono). Encontram-se muitas madeiras de lei, como pau-de-leite, jacarandáangico, etc. Também farinha-secaipê (pau-d’arco) são frequentes. Como vegetação secundária é abundante: corona, cipó-de-anta, pitiá, caiçara, avelone, bem como capim corrente ou barra-do-choça, além dos amargoso e tricoline.

Faixa D – Mata-de-Larga. É a vegetação que predomina logo abaixo da Mata-de-Cipó. Muitas vezes aparece em transição com essa. A Mata-de-Larga é mais baixa e mais aberta que a de Cipó. Apresenta muita samambaiasapé, capim Andrequicé e muitas leguminosas. São também encontradas muitas palmeiras, planta que falta na Mata-de-Cipó. As áreas de Mata-de-Larga são mais úmidas. A vegetação secundária e a relva resultante é mais verde na estação seca que na Mata-de-Cipó. A cafeicultura deve encontrar condições climáticas satisfatórias em terras de Mata-de-Larga. A maior disponibilidade hídrica deve reduzir os problemas com incidência de ferrugem. Praticamente esta vegetação encontra-se toda a sudeste da Rio-Bahia.

Faixas E e F – Mata Fria e Mata Fluvial Úmida. São as vegetações que aparecem nas bordas e nas escarpas sudeste do platô, logo depois da Mata-de-Larga. São áreas úmidas que estão sob influência das correntes aéreas frias e úmidas vindas do oceano. Os invernos são muito sujeitos a frequentes e prolongados nevoeiros. Em plena estação seca… a vegetação herbácea se mantém inteiramente verde. A mata não apresenta praticamente nenhuma madeira de lei. Predomina a madeira branca.[21]

Conservação ex situ

Conservação ex situ (ou Conservação ex-situ), que significa literalmente, conservação fora do lugar de origem, é o processo de proteção de espécies em perigo de extinção, de plantas e animais pela remoção de parte da população do habitat ameaçado e transportando-as para uma nova localização, que pode ser uma área selvagem (santuário) ou um cativeiro (zoológico ou outro local semelhante). Compreende um dos métodos de conservação de espécies mais antigo e bem estudados. A cidade de Vitória da Conquista possui duas unidades que auxiliam no manejo ex situ de fauna e flora, sendo eles, o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) e o Horto Florestal Vilma Dias.

Centro de Triagem de Animais Silvestres em Vitória da Conquista

Implantado em 2000, é uma unidade de referência, tanto no estado, quanto fora dele, em razão da qualidade dos trabalhos prestados para a preservação da biodiversidade.[22] Com sede no Parque Municipal da Serra do Periperi, o Cetas tem por objetivo recepcionar e recuperar animais silvestres apreendidos pela fiscalização ambiental e destiná-los ao seu habitat.[22] Desde a sua criação, o CETAS tem cumprido um papel relevante na preservação e no povoamento da fauna nativa regional e nacional, reduzindo o alto índice de mortalidade de animais durante o tráfico e contribuindo para a construção de uma consciência preservacionista e para o desenvolvimento de estudos e pesquisas de diversas instituições.[22]

Horto Florestal Vilma Dias

O Horto Florestal Vilma Dias (antigo açude da cidade) é um espaço arborizado, localizado às margens do rio Verruga, no espaço urbano de Vitória da Conquista.[23] Conta com uma área de mais de um hectare e são produzidas mudas para a arborização da cidade, principalmente as espécies: sibipiruna (caesalpinia pluviosa), jacarandá-mimoso (jacaranda mimosifolia), pata-de-vaca (bauhinia forficata), ipê-de-jardim (tecoma stans), mamorana (pachira aquatica), Flamboyant (delonix regia) e jamelão (syzygium jambolanum).